Os dogmas :
Retirado do blog: http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2003/08/os-dogmas-da-igreja-catolica.html
Para a Igreja Católica, dogma é uma
verdade de fé revelada por Deus. Logo, o dogma é imutável e definitivo. Não pode
ser mudado nem revogado, pois Deus, sendo Perfeito e Eterno, não está sujeito à
mudança. O SENHOR é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13,8).
Uma Verdade divinamente revelada só pode ser
considerada dogma quando proposta diretamente à fé cristã católica, através de
uma definição solene (clarificação), portanto infalível, do Magistério da
Igreja. Para que tal aconteça, são necessárias duas condições:
a) O sentido deve ser suficientemente
manifestado como sendo uma autêntica verdade revelada por Deus;
b) Essa verdade ou doutrina deve ser
proposta e definida solenemente pela Igreja como sendo uma verdade revelada e
uma parte integrante da fé católica.
São quarenta e três (43) os dogmas proclamados pela Igreja Católica, que os divide em 8 categorias diferentes:
1. Dogmas sobre Deus;
2. Dogmas sobre Jesus Cristo;
3. Dogmas sobre a criação do
mundo;
4. Dogmas sobre o ser humano;
5. Dogmas marianos;
6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja;
7. Dogmas sobre os Sacramentos;
8. Dogmas sobre as últimas coisas
(Escatologia).
Apresentamos abaixo a lista de todos os dogmas,
com sua breve descrição, organizados em suas respectivas categorias:
Dogmas sobre Deus:
Dogmas sobre Deus:
1- A Existência de Deus
A ideia de Deus não é inerente em nós, já que
transcende a natureza humana, mas nós temos a capacidade para conhecê-Lo, e de
certo modo espontaneamente, por meio de sua obra. O ser humano pode saber que
Deus existe, por exemplo, mediante a observação atenta do universo
natural.
2- A Existência de Deus como Objeto de
Fé
A existência de Deus, porém, não é apenas
objeto do conhecimento da razão natural, mas também (e principalmente) é objeto
da fé sobrenatural.
3- A Unidade de Deus
Não existe mais que um único Deus.
4- Deus é Eterno
Deus não tem princípio nem fim, está além do
espaço e do tempo como somos capazes de conhecê-los.
5- Santíssima Trindade
No Deus Uno há três Pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo. Cada uma possui a Essência Divina que é imutável e sempre a
mesma.
Dogmas sobre Jesus
Cristo:
6- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e Filho de
Deus por essência
O Cristo possui a infinita Natureza Divina com
todas suas infinitas perfeições, por haver sido gerado eternamente por
Deus.
7- Jesus possui duas naturezas que não se
transformam nem se misturam ou confundem
Declara o Concílio de Calcedônia (451, IV):
"Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo perfeito na divindade e Ele mesmo perfeito
na humanidade (...) que se há de reconhecer em duas naturezas: sem confusão, sem
mudanças, sem divisão, sem separação e de modo algum apagada a diferença de
natureza por causa da união, conservando cada natureza sua propriedade e
concorrendo em uma só Pessoa" (Dz. 148).
Conforme as Sagradas Escrituras: "O Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem." (Fil 2,6-7).
Vemos então que Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos seus milagres, na sua Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.
Conforme as Sagradas Escrituras: "O Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem." (Fil 2,6-7).
Vemos então que Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos seus milagres, na sua Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.
8- Cada uma das Naturezas em Cristo possui
uma própria vontade física e uma própria operação física
Declara o III Concílio de Constantinopla (680-681): "Proclamamos, conforme os ensinamentos dos Santos Padres, que não existem duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se opõem uma à outra como afirmam os ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz. 263-288).
Deus Filho diz a Deus Pai diz nas Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres." (Mt 26,39). / "Não seja feita a minha vontade, mas sim a Tua." (Lc 22,42). Diz ainda aos discípulos: "Desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas sim a vontade de Quem me enviou" (Jn. 6,38). / "Ninguém me tira a Vida, Eu a doei voluntariamente: tenho o poder para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente." (Jo 10,18).
Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a unidade moral, porque a vontade humana de Cristo se conforma com a livre subordinação, de maneira perfeitíssima à vontade Divina.
9- Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho
natural de Deus
“Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou
o Seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar
os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de
filhos.” (Missal Romano, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, 2ª Leitura - Gl
4, 4-5).
10- Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como
verdadeiro e próprio Sacrifício
No inefável Mistério, Cristo, por sua natureza
humana, era ao mesmo tempo Sacerdote e Oferenda, mas por sua Natureza Divina,
juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o Mesmo que recebia o
Sacrifício.
11- Cristo nos resgatou e reconciliou com
Deus por meio do Sacrifício de sua morte na cruz
Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus
Pai, como Sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua Morte, para obter-no
o Perdão eterno.
12- Ao terceiro dia depois de sua Morte,
Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos
Ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria Virtude, levantou-se do sepulcro.
13- Cristo subiu em corpo e alma aos Céus e está sentado à direta de Deus Pai
Ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu em
Corpo e Alma.
Dogmas sobre a criação do mundo:
14- Tudo o que existe foi criado por Deus a
partir do Nada
A criação do mundo, a partir do nada, não
apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas ao mesmo tempo chega a
alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos
cosmológicos, no argumento da Causa Primeira e no argumento da
contingência.
15- Caráter temporal do mundo
O mundo teve princípio no tempo, pois o Infinito é capaz de criar o finito, o Eterno é capaz de dar existência ao temporal.
16- Conservação do mundo
Deus conserva na existência a todas as coisas criadas.
Dogmas sobre o ser
humano:
17- O homem é formado por corpo material e
alma espiritual
Este dogma foi afirmado no IV Concílio de
Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216) e no Concílio Vaticano I (1869-70),
sob Pio IX (1846-78). Segundo a doutrina da Igreja, o corpo é parte
essencialmente constituinte da natureza humana, e não carga e estorvo como
disseram certos hereges. Igualmente, para defender o dogma católico contra os
que dizem que consta de três partes essenciais: corpo, alma animal e alma
espiritual, o Concílio de Constantinopla declarou: "que o homem tem apenas uma
alma racional e intelectual" (Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida
espiritual e ao mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz.
1655).
Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo dos que matam o corpo, e à alma não podem matar; temeis muito mais àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).
Provas-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gere a sensibilidade e a vida vegetativa.
Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo dos que matam o corpo, e à alma não podem matar; temeis muito mais àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).
Provas-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gere a sensibilidade e a vida vegetativa.
18- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação
O Pecado, que é morte da alma, se propaga de
Adão a todos seus descendentes por geração, e não por imitação, sendo inerente a
cada indivíduo.
19- O homem caído não pode redimir-se a si
próprio
Somente um ato livre por parte do Amor Divino
poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo Pecado. O crime contra
Deus, que é infinitamente Grande, Justo e Perfeito, é infinitamente grave. Só
poderia ser resgatado mediante um Sacrifício infinitamente meritório e
reparador, do qual nós não seríamos capazes.
Dogmas marianos:
20- Imaculada Conceição e Virgindade
Perpétua de Maria
A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante
de sua conceição, foi, por singular Graça e Privilégio de Deus Onipotente, em
previsão dos Méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada
imune de toda mancha de culpa original. Assim era preciso que a Mãe do Senhor, o
Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança, fosse imaculada, assim como era intocável
e feita do ouro mais puro a Arca da Antiga Aliança.
A doutrina da virgindade perpétua de Maria expressa a "real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito homem". Maria permaneceu sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος - aeiparthenos), fazendo de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e Nascimento são milagrosos. Já no século IV, a doutrina era amplamente apoiada pelos Padres da Igreja e, no sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. Este é um ensinamento católico, anglocatólico, ortodoxo e ortodoxo oriental, como se comprova em suas Liturgias, nas quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre virgem". Alguns dos primeiros reformadores protestantes apoiavam também esta a doutrina, e figuras importantes do anglicanismo, como Hugo Latimer e Thomas Cranmer "seguiam a tradição que herdaram aceitando Maria como 'sempre virgem'" (BRADSHAW, Timothy. Commentary and Study Guide on the Seattle Statement Mary: Hope and Grace in Christ of the Anglican – Roman Catholic International Commission, 2005). A virgindade perpétua é atualmente defendida por teólogos anglicanos e luteranos.
A doutrina da virgindade perpétua de Maria expressa a "real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito homem". Maria permaneceu sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος - aeiparthenos), fazendo de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e Nascimento são milagrosos. Já no século IV, a doutrina era amplamente apoiada pelos Padres da Igreja e, no sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. Este é um ensinamento católico, anglocatólico, ortodoxo e ortodoxo oriental, como se comprova em suas Liturgias, nas quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre virgem". Alguns dos primeiros reformadores protestantes apoiavam também esta a doutrina, e figuras importantes do anglicanismo, como Hugo Latimer e Thomas Cranmer "seguiam a tradição que herdaram aceitando Maria como 'sempre virgem'" (BRADSHAW, Timothy. Commentary and Study Guide on the Seattle Statement Mary: Hope and Grace in Christ of the Anglican – Roman Catholic International Commission, 2005). A virgindade perpétua é atualmente defendida por teólogos anglicanos e luteranos.
21- Maria, Mãe de Deus
Maria gerou a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce transcende a natureza humana. O Filho de Maria é propriamente o Verbo Divino, encarnado em natureza humana. Maria, então, é necessariamente mãe de Deus, posto que Jesus, o Verbo, é Deus: Cristo, sendo inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, faz de Maria verdadeira mãe de Deus, por não haver separação entre as naturezas humana e divina no Senhor.
22- A Assunção de Maria
A Virgem Maria foi assunta ao Céu imediatamente
depois que acabou sua vida terrena; seu corpo não sofreu nenhuma corrupção como
sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando
pela descomposição. A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição
escrita e oral da Igreja. Não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura,
mas está implícita. O fato histórico, segundo relatos dos primeiros cristãos e
transmitido pelos séculos de forma inconteste, dá conta de que, na ocasião de
Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse
fato, permaneceu ela ainda 25 anos na Terra, para educar e formar, por assim
dizer, a Igreja nascente, como outrora educara e protegera Deus Filho em sua
infância. Terminou sua missão neste mundo com a idade de 72 anos, conforme a
opinião mais comum.
Diversos Santos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens, e que logo se multiplicaram os milagres em redor de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Ao retirar-se a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Como o seu Filho e pela Virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao Céu, onde ela vive na Glória inefável. Estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Diversos Santos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens, e que logo se multiplicaram os milagres em redor de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Ao retirar-se a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Como o seu Filho e pela Virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao Céu, onde ela vive na Glória inefável. Estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Dogmas sobre o Papa e a
Igreja:
23-A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo
Cristo fundou a Igreja; Ele estabeleceu os
fundamentos substanciais da mesma, no tocante a doutrina, culto e constituição.
Atestam as Sagradas Escrituras atestam o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu te declaro que és Pedra (aramaico: Kepha = Rocha), e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu de darei as Chaves do Reino dos Céus e o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19).
Atestam as Sagradas Escrituras atestam o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu te declaro que és Pedra (aramaico: Kepha = Rocha), e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu de darei as Chaves do Reino dos Céus e o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19).
24- Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro
como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja,
conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição
O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado terreno sobre todo o rebanho do Senhor, que é a Igreja.
Este fato é atestado claramente, repetidas vezes, pelas Sagradas Escrituras:
* "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe outra vez: 'Simão, filho de Jonas, amas-me?' Respondeu-lhe: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe pela terceira vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas'.” (João 21,15-17)
** “Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho. ”, declara solenemente o próprio S. Pedro (At 15,7).
*** Diz o Senhor especialmente e somente a S. Pedro: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32)
25- O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja
Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de
jurisdição, universal, supremo, pleno,ordinário, episcopal, imediato.
26- O Papa é infalível quando se pronuncia
ex catedra
Para compreender este dogma, convém ter na lembrança: sujeito da infalibilidade papal é todo Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro. O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e os costumes, reveladas ou em íntima conexão com a Revelação Divina. A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex catedra, isto é:
- Que fale como pastor e mestre de todos os
fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.
- Que tenha a intenção de definir alguma
doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As
encíclicas pontificais não são definições ex catedra.
A razão da infalibilidade é a assistência
sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo
erro, conforme a Promessa de Cristo ('Eis que estou convosco até o fim do mundo'
- Mt 28,20). A consequência da infalibilidade é que as definições ex
catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a possibilidade de
intervenção posterior de qualquer autoridade, mesmo que seja outro Papa.
27- A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes
Estão sujeitos à infalibilidade:
- O Papa, quando fala ex catedra;
- O episcopado pleno, com o Papa, que é a
cabeça do episcopado, é infalível quando, reunido em concílio ecumênico ou
disperso pelo rebanho da Terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de
costumes para que todos os fiéis a sustentem.
Dogmas sobre os Sacramentos:
28- O Batismo é verdadeiro Sacramento
instituído por Jesus Cristo
Atestam as Sagradas Escrituras: "Jesus lhes disse: 'Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo'.”.
29- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento
Este Sacramento concede aos batizados a
Fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida
sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus
Cristo.
30- A Igreja recebeu de Cristo o poder de
perdoar os pecados cometidos após o Batismo
Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos
sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis
caídos depois do Batismo. Cristo, que pode perdoar os pecados, deu à sua Igreja
o poder de perdoá-los em seu Nome: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem
perdoardes os pecados, serão perdoados; aqueles aos quais os retiverdes (não
perdoardes), serão retidos” (Jo 20, 22ss).
31- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação
Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão secreta.
32- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento
instituído por Cristo
Atestam as Sagradas Escrituras:
"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)
"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 56-57)
"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)
"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...) não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?" (I Cor 10,16)
"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (I Cor 11,28-30).
"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)
"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 56-57)
"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)
"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...) não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?" (I Cor 10,16)
"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (I Cor 11,28-30).
33- Cristo está presente no Sacramento do
Altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu Corpo e toda
substância do vinho em seu sangue
Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
34- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
“Está alguém enfermo entre vós? Chame os
sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome
do Senhor.” (Tg 5,14)
35- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
Existe uma hierarquia instituída por ordenação
Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos. As Sagradas Escrituras o
atestam em Fl 1,1.
36- O matrimônio é verdadeiro e próprio
Sacramento
Cristo restaurou o Matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento.
Dogmas sobre as últimas coisas:
37-A Morte e sua origem
A morte é consequência do pecado primitivo. O
relato bíblico da Queda (Gn 3) utiliza uma linguagem feita de imagens, mas
afirma um acontecimento primordial, um fato que ocorreu no início da história do
homem. A Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está
marcada pelo pecado original cometido livremente por nossos primeiros pais,
trazendo como consequência a morte. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o
Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm
6,23).
38- O Céu (Paraíso)
As almas dos justos, que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado, entram no Céu.
39- O Inferno
As almas dos que morrem em estado de pecado
mortal vão ao inferno.
40- O Purgatório
As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao Purgatório. O Purgatório é estado de purificação.
41- O Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo
No fim do mundo, Cristo, rodeado de Majestade,
virá de novo para julgar os homens.
42- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia
Aos que crêem em Jesus e comem de seu Corpo e
bebem de seu Sangue, Ele lhes promete a ressurreição.
43- O Juízo Universal
Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens.
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