Jürgen Moltmann é um dos principais teólogos Luteranos contemporâneos. Ele nasceu em 1926 em Hamburgo, Alemanha. Moltmann lutou na II Guerra, foi feito prisioneiro pelos ingleses e foi levado para um campo de concentração na Inglaterra. Moltmann de 1945-1948, esteve prisioneiro dos aliados na Bélgica e na Inglaterra. Esses anos de prisão levaram-no a refletir sobre o sentido da vocação cristã. Em 1948 voltou a Alemanha e foi estudar teologia. A partir de 1952, atuou como pastor da Igreja Luterana. Desde 1967, foi professor de teologia sistemática na Universidade de Tubinga.
Moltmann é um escritor prolífico, centrado integralmente em “olhar a teologia sob um ponto de vista particular: a esperança. É uma contribuição sistemática à teologia, na qual considera o contexto e a correlação que os diferentes conceitos têm no campo da teologia”.Moltmann dedicou-se e ainda se dedica a lecionar teologia em universidades. Moltmann é o criador da 'Teologia da Esperança', em que desenvolve as idéias da realização do Reino, como promessa fundamental de Deus. Ele também destaca muito a importância do mistério da cruz. Moltmann é casado e tem quatro filhos.
Suas principais obras são:
- Teologia da Esperança;
- O Deus Crucificado;
- A Igreja na Força do Espírito;
- Conversão ao Futuro.
Suas obras:
Teologia da esperança (1964), que o torna conhecido como um dos grandes teólogos de hoje na linha de Barth e de Bultmann. Nela confirma a importância que a escatologia tem na doutrina do Novo Testamento; a escatologia, não como crença em fatos concretos que devem acontecer nos finais dos tempos, mas como fator que modela toda a teologia cristã. Tal perspectiva escatológica do cristianismo é interpretada como promessa, como plataforma para a futura esperança. É base para uma transformação antecipada do mundo da nova terra prometida. A meta da missão cristã não é simplesmente uma salvação individual, pessoal, nem sequer espiritual; é a realização da esperança da justiça, da socialização de toda a humanidade e da paz do mundo. Esse outro aspecto de reconciliação com Deus pela realização da justiça foi descuidado pela Igreja. A Igreja deve trabalhar por essa realização, baseada na esperança futura.
O Deus Crucificado (1972) expõe a doutrina de Deus a partir da perspectiva da cruz. O Deus cristão é um Deus que sofre de amor. Não é um sofrimento imposto de fora — pois Deus é imutável —, mas um sofrimento de amor, ativo. É um sofrimento aceito, um sofrimento de amor, livre, ligado ao Deus sofredor de Auschwitz e do extermínio judeu. A esse livro deve-se acrescentar A Igreja no poder do Espírito (1975). Neste estuda a atividade reconciliadora de Deus no mundo, vista sob a perspectiva da Ressurreição, da Cruz e de Pentecostes. “A Igreja — diz Moltmann — deve estar aberta a Deus, aos homens, e aberta ao futuro tanto de Deus quanto dos homens. Isso pede da Igreja não uma simples adaptação às rápidas mudanças sociais, mas uma renovação interior pelo Espírito de Cristo e a força do mundo futuro.” Isso faz com que a Igreja tenha de ser Igreja de Jesus Cristo e Igreja missionária. Deve ser também uma Igreja ecumênica, que quebre as barreiras entre as Igrejas. E deve ser também política: a dimensão política — agrade ou não — sempre existiu nela. A Teologia da Libertação ensina a Igreja a tomar partido pelos pobres e humilhados deste mundo.
Finalmente, em A Trindade e o Reino de Deus (1980) estuda o mistério da Trindade de Deus fazendo “uma história trinitária”. Examina a paixão de Cristo e vê, no abandono de Cristo na cruz por Deus, o centro da fé cristã. “Deus é abandonado por Deus.” Apóia a sua doutrina social na “Doutrina Trinitária do Reino”, baseada nas idéias de Joaquim de Fiore, elaborando assim uma “Doutrina Trinitária da Liberdade”.
A obra de Moltmann pressupõe uma revitalização e um aprofundamento da teologia cristã.
PENSAMENTOS DE JÜRGEN MOLTMANN
"Cristo veio e se sacrificou para reconciliar o mundo inteiro. Ninguém fica excluído".
"Nós não somos só os intérpretes do futuro, mas já somos os colaboradores do futuro, cuja força, na esperança como realização, é Deus".
"Por 'Reino de Deus', nós entendemos o cumprimento escatológico do senhorio histórico-libertador de Deus. Seria unilateral ver o senhorio de Deus somente no seu reino perfeito, como também geraria muitos equívocos uma equiparação entre Reino de Deus e o domínio que Deus exerce atualmente. Em seu Reino, Deus reina de modo incontrastado, universal e em toda a clareza".
"A mediação entre a tradição do cristianismo e a cultura do tempo presente é a tarefa mais importante da teologia. Sem uma conexão viva com as possibilidades e os problemas do homem de hoje, a teologia cristã torna-se estéril e irrelevante. Mas, sem uma referência à tradição cristã, a teologia torna-se oportunista e acrítica".
"Deus não está presente em algum lugar do além: Ele vem, e é tal que está presente. Prometendo um mundo novo - o da vida, da justiça e da verdade universais -, ele questiona constantemente este mundo presente, através desta promessa: não que, para aquele que tem esperança, este mundo presente não seja nada; mas ele ainda não é aquilo que tem a perspectiva de ser. Assim questionados, o mundo e a condição humana acorrentada a este mundo se tornam históricos, pois são colocados em xeque e em crise por causa do futuro prometido. Lá onde começa o novo, o antigo se torna manifesto. Lá onde é prometido o novo, o antigo se torna passageiro e superável. Lá onde se espera e se aguarda o novo, o antigo pode ser abandonado. Assim a 'história' aparece, em função do seu fim, naquilo que se opera graças à promessa, naquilo que esta promessa - que caminha para frente e ilumina o caminho - permite perceber. A escatologia não desaparece nas nuvens de areia da história, senão que mantém a história viva na crítica e na esperança; aescatologia é algo como as nuvens de areia da história vindas de longe".
"Se a revelação do Ressuscitado está aberta para o seu próprio futuro e para a sua promessa, esta abertura para o futuro transcende toda a história consecutiva da Igreja, tem sobre ela uma superioridade absoluta. A recordação da promessa acontecida - recordação de um advento, e não de um evento passado - afunda como uma lasca na carne de cada (momento) presente e o abre para o futuro".
"... este evento, que se pode apreender através da Crucifixão e das aparições pascais... remete retrospectivamente para as promessas de Deus e direciona para frente em direção a um 'eschaton': a revelação da sua divindade em todas as coisas. Ele deve, pois, ser entendido como o advento escatológico da fidelidade de Deus, mas também como a garantia escatológica da sua promessa e como o início da consumação".
"A soberania do Cristo crucificado por motivo político só pode estender-se através da libertação em relação às formas do poder que mantém os homens em tutela e os tornam apáticos, e através da evacuação das religiões políticas que lhes dão sustentação. A consumação do Reino de liberdade de Jesus deve, segundo Paulo, aniquilar todo poder, toda autoridade e toda potência, que ainda são inevitáveis aqui na terra, e suprimir as apatias e as alienações que lhes correspondem. Os cristãos procurarão, de acordo com as possibilidade presentes, antecipar o futuro de Cristo, destruindo todadominação e construindo a vida política de cada um".
"Jesus não viveu como uma pessoa privada... senão que, quanto possamos saber pelas fontes, viveu como uma personalidade pública, da proximidade do seu Deus e Pai para o seu Reino vindouro".
"Só compreendemos o caráter peculiar da sua morte se compreendermos o seu abandono por parte do seu Deus e Pai, do qual ele havia pregado a proximidade de uma forma única, benévola e solene. O caráter único do abandono por Deus, no qual Jesus morreu, guarda relação com o caráter únicoda sua comunhão com Deus na sua vida e na sua pregação. Trata-se de algo mais do que - e de algo diferente de - um 'desabamento' e de um 'fracasso'".
"Deve-se dizer, portanto: sua morte na cruz é o 'significado' da sua ressurreição por nós... (Pois) o Reino vindouro, cuja certeza os discípulos encontram nas aparições pascais de Cristo, assumiu a partir de agora, através de Cristo, a forma da cruz em um mundo alienado. A cruz é a forma do Reino redentor que vem, e o Crucificado é a encarnação do Ressuscitado. No Crucificado, o 'fim da história' está presente dentro da realidade da história. Nele se encontram, portanto, a reconciliação no meio do conflito e a esperança de superar o conflito".
"O Deus da liberdade, o verdadeiro Deus não se reconhece pelo seu poder e sua glória no mundo e na história do mundo, mas pela sua impotência e sua morte no patíbulo de infâmia da cruz de Jesus".
"O princípio material da doutrina trinitária é a cruz de Cristo. O princípio formal do conhecimento da cruz é a doutrina trinitária".
"Pois Jesus aceita morrer abandonado, não sofre a morte como tal, já que não se pode 'sofrer' a morte, pois o sofrimento supõe a vida. Mas o Pai, que o abandona e o entrega, sofre pela morte do Filho na dor infinita do amor".
"O que procede deste evento entre o Pai e o Filho é o Espírito que justifica os ímpios, que enche de amor os abandonados, que até aos mortos dará a vida - pois nem o fato da morte deles pode excluí-los deste acontecimento da cruz, senão que a morte em Deus também os inclui".
"O Crucificado não desaparece quando vem o cumprimento, senão que antes se torna o fundamento da existência salva em Deus, e na inabitação de Deus em todos".
“Deus, sendo amor, só pode ser testemunhado e experimentado em uma congregação pequena o bastante para que os membros se conheçam e se aceitem uns aos outros, assim como são aceitos por Cristo. O evangelho do Cristo crucificado por nós põe termo à religião como potência e abre apossibilidade de experimentar a Deus, no âmbito da comunidade genuína, como o Deus de amor”.
"O caminho para uma unidade que seja aceitável por todos está dificultado tanto pelo centralismo papal e pelo uniformismo romano, por um lado, como, por outro, pela dispersão protestante e, em último lugar, pela auto-suficiência ortodoxa".
"Por meio de subverter e demolir todas as barreiras - sejam da religião, da raça, da educação, ou da classe - a comunidade dos cristãos comprova que é a comunidade de Cristo. Esta, na realidade, poderia tornar-se a nova marca identificadora da igreja no mundo, por ser composta, não de homens iguais e de mentalidade igual, mas, sim, de homens dessemelhantes, e, na realidade, daqueles que tinham sido inimigos... O caminho para este alvo de uma nova comunidade humanista que envolve todas as nações e línguas é, porém, um caminho revolucionário".
"Se a promessa é considerada como promessa de Deus, então não pode ser verificada segundo os critérios humanos. A plenificação da promessa pode conter o novo, mesmo dentro do esperado, e superar na realidade o pensado em categorias humanas [...]. O ainda-não da expectação ultrapassa todo cumprimento já sobrevindo. Por isso, toda realidade de cumprimento, sobrevinda já agora, se transforma na confirmação, interpretação e libertação de uma esperança maior [...]. A razão da constante mais-valia da promessa e de seu permanente superávit acima da história reside no caráter inexaurível do Deus da promessa".
“O cristianismo é total e visceralmente escatológico, e não só a modo de apêndice (...). O
escatológico não é algo que adere ao cristianismo, mas simplesmente o meio em que se move a fé cristã, aquilo que dá o tom a tudo que há nele. Como a fé cristã vive da ressurreição do Cristocrucificado, ela não pode ser simplesmente parte da doutrina cristã. Ao contrário, toda a pregação cristã tem uma orientação escatológica”.
HANS KÜNG (1928)
Hans Küng é um importante teologo católico crítico da infalibilidade papal e da doutrina papal com relação ao celibato,ordenação de mulheres e ecumenismo. Hans Küng nasceu em 19 de Março de 1928 em Sursee no cantão de Lucerna na Suiça, entrou para vida religiosa estudando na Universidade Gregoriana em Roma e Paris, foi ordenado padre católico-romano em 1954 e em 1957 concluiu seu doutoramento em teologia com a tese Justification, em que trata da questão da justificação da fé. Se tornou professor de teologia da Universidade de Tübigen (1960 - 1996) na Alemanha, onde também a partir de 1963 dirigiu o Instituto de Pesquisa Ecumênica. Teve papel fundamental no Concílio Vaticano II sendo nomeado peritus (consultor teológico) pelo Papa João XXIII e ajudou na redação das conclusões do concílio que renovou áreas fundamentais do ensino e das práticas católicas.
Desde os anos da década de 1960 Küng foi um dos críticos mais severos da Infalibilidade Papal, publicou em 18 de janeiro de 1970, centenário da declaração da infalibilidade papal no Concílio Vaticano I, o livro Infallible? An Inquiry em que esmiuçou e rejeitou o caráter infalível de qualquer decisão papal e da cúria. Em 1979 publicou nos principais jornais do mundo seu artigo Um ano de João Paulo II que demonstrou o reacionarismo do papa ao aceitar só nominalmente o Concílio Vaticano II, quando na substancia fortaleceu a centralização curial, impôs o culto a personalidade, endossou a exclusão das mulheres do sacerdócio e a permanência do celibato; como conseqüência desse artigo e sua críticas a infalibilidade, teve sua licença para lecionar como teologo católica cassada pelo Papa João Paulo II.
Depois da proibição foi nomeado professor de teologia ecumênica de Tübigen onde pode desenvolver seus estudos sobre ecumenismo em particular com relação ao Luteranismo; nesta tarefa Küng se sente totalmente à vontade já que se dedica prioritariamente à união dos povos, das raças, das religiões, enfatizando o que há de comum entre eles, relativizando o que os separa. Em sua tese de doutorado , Justificação em 1957 já tinha chegado a conclusão da possibilidade de um acordo teológico entre catolicismo e luteranismo que foi efetivamente realizado em 1999.
Küng se aposentou como professor em 1996 e logo a seguir foi eleito presidente da Fundação Ética Global de Tübigen.
Considerado como o teólogo mais polêmico e problemático de hoje, seus 70 anos apresentam, em retrospectiva, um panorama esplêndido de atividade acadêmica, científica e literária como muito poucos podem oferecer. Seu pensamento destina-se a esclarecer o genuinamente cristão e católico, desmascarando, sem medo, tudo o que de espúrio e corrupto se introduziu no cristianismo ao longo de sua história de séculos. O viver e o acontecer da Igreja é seu campo de pesquisa e sua luta, que o levaram a enfrentamentos, acareações e condenações da Igreja oficial.
Alguém disse que o seu trabalho científico e teológico reproduz na Igreja de Roma o que século e meio realizara Newman na Igreja da Inglaterra: procurar razões e fundamentos para a sua fé católica. Desde a tese doutoral, Justificação. A doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica (1957), passando pelo trabalho como conselheiro no Vaticano II, até a última obra Projeto de ética global (1990), toda a sua produção é uma pesquisa do cristão em todos os seus planos e dimensões. Assim devemos ler os seus livros: Existe Deus?; Ser cristão; Infalível?. Todos eles suscitaram polêmica e o colocaram contra a parede. Negaram-lhe o título de teólogo e até o de cristão. Muitos se perguntaram: Küng é verdadeiramente católico? Por que continua sendo católico? Ele mesmo se fez esta pergunta e lhe responde da seguinte forma: “A resposta, tanto para mim, quanto para muitos outros, é que não quero deixar que me arrebatem algo que faz parte de minha vida. Nasci no seio da Igreja Católica: incorporado pelo Batismo à imensa comunidade de todos os que acreditam em Jesus Cristo, vinculado por nascimento a uma família católica que amo entranhadamente, a uma comunidade católica da Suíça à qual volto com prazer em qualquer oportunidade; em uma palavra, nasci num solar católico que não gostaria de perder nem abandonar, e isto como teólogo...”.
“Desde muito jovem conheço Roma e o papado mais a fundo do que muitos teólogos católicos, e não guardo, apesar do que se tem dito contra, nenhum afeto anti-romano. Quantas vezes ainda terei de falar e de escrever que não estou contra o papado nem contra o papa atual, mas que sempre tenho defendido, ante os de dentro e frente aos de fora, um ministério de Pedro purificado de traços absolutistas, de acordo com os dados bíblicos! Sempre me pronunciei a favor de um autêntico primado pastoral no sentido da responsabilidade espiritual, direção interna e solicitude ativa pelo bem da Igreja universal... Um primado não de domínio, mas de serviço abnegado...
“Desde muito jovem vivi a universalidade da Igreja Católica e nela pude aprender e receber muitas coisas de inumeráveis homens e amigos de todo o mundo. Desde então resulta-me mais claro que a Igreja Católica não se identifique mais com a hierarquia nem com a burocracia romana...
“Por que, então, continuo sendo católico? Não apenas em razão de minhas raízes católicas, mas também em razão dessa tarefa que para mim é a grande oportunidade de minha vida e que somente posso realizar plenamente, sendo teólogo católico no marco de minha faculdade teológica. Mas isso nos leva a outra pergunta: Que significa propriamente o católico, isso que me impulsiona a continuar sendo teólogo católico?
“Segundo a etimologia do termo e da antiga tradição, é teólogo católico quem, ao fazer teologia, sabe-se vinculado à Igreja Católica, isto é, universal, total. E isto em duas dimensões: temporal e espacial... Nesse duplo sentido, quero continuar teólogo católico e expor a verdade da fé católica com uma profundidade e abertura igualmente católicas. Neste sentido podem ser também católicos certos teólogos que se chamam protestantes ou evangélicos, coisa que acontece de fato e, particularmente, em Tubinga. Isso deveria constituir um motivo de alegria para a Igreja oficial...
“Essa aceitação da catolicidade no tempo e no espaço, na profundidade e na abertura, significa que é preciso aprovar tudo o que as instâncias oficiais ensinaram, prescreveram e observaram ao longo do século XX?... Não, não é possível que se refira a uma concepção tão totalitária da verdade... De tudo se depreende que ser católico não pode significar aceitar e suportar tudo submissamente com uma falsa humildade em aras de uma pressuposta ‘plenitude’, ‘totalidade’ e ‘integridade’. Isso constituiria uma má complexio oppositorum, um trágico amálgama de contradições, de verdade e erro...
“Em todo caso, a catolicidade deve ser entendida sempre com um sentido crítico fundamentado no Evangelho... A catolicidade é dom e tarefa, indicativo e imperativo, enraizamento e futuro. Nesta tensão quero continuar fazendo teologia e continuar expondo a mensagem de Jesus aos homens de hoje com a mesma resolução que até agora, disposto a aprender e retificar sempre que se trate de um diálogo amistoso e fraterno...”.
Atualmente Hans Küng mantém boas relações com a igreja. Hans Küng é uma das figuras mais dignas de nota da teologia contemporânea. Dedica-se ao estudo das grandes religiões, sendo autor de obras conceituadas em todo o mundo.
Obras de Hans Küng em português:
- Uma ética mundial e responsabilidades globais
- A Igreja Católica
- Por que ainda ser Cristão hoje?
- Religiões do mundo em busca dos pontos comuns
- Teologia a caminho
- Religiões do Mundo
- Projeto de ética mundial
PENSAMENTOS DE HANS KÜNG
"Não haverá paz entre as nações, se não existir paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões, se não existirem padrões éticos globais. Nosso planeta não irá sobreviver, se não houver um etos global, uma ética para o mundo inteiro".
"A religião pode fundamentar de maneira inequivocável porque a moral, as normas e os valores éticos devem vincular incondicionalmente (e não apenas quando é cômodo) e, portanto, universalmente (para todas as linhagens, classes e raças). O humano émantido exatamente porque é concebido como fundadono divino. Tornou-se claro que somente o incondicionado pode obrigar de maneira absoluta, somente o Absoluto pode vincular de maneira absoluta"
"Não é o consumo de luxo que decide a longo prazo sobre a qualidade de uma situação econômica, mas sim uma melhor infra-estrutura, uma maior segurança, um mundo ambiente intacto, e (...) os trabalhadores com melhor formação, nos quais é preciso investir".
"Devemos avançar de uma ciência eticamente livre, para outra eticamente responsável; de uma tecnocracia que domina o homem, para uma tecnologia que esteja a serviço do próprio homem;... de uma democracia jurídico formal a uma democracia real, que concilie liberdade e justiça".
“Se hoje uma exegese a-histórica já está totalmente superada, também o está uma teologia
dogmática a-histórica. E se a Bíblia precisa ser interpretada de forma mais histórico-crítica,
então com muito mais razão também o dogma pós-bíblico. Uma teologia que, em vez de questionar criticamente os ‘dados’, permanece aberta ou veladamente autoritária, não poderá responder às exigências científicas do futuro".
RUDOLF BULTMANN (1884-1976)
Teólogo e escritor protestante alemão. Estudou teologia nas Universidades de Tubinga, Berlim e Marburgo.
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